BR League: uma visão empreendedora no automobilismo virtual

“A BR League conta com uma equipe de organização 100% profissional, todos atuantes no mercado corporativo, trazendo para o automobilismo virtual essa visão empresarial.” É assim que Guilherme Almeida, responsável pelos conteúdos e transmissões, atribui o sucesso da liga fundada em 2020 por Henrico Machado.

Esta dinâmica fica fácil de compreender ao acessar a página “Sobre Nós” da BRL. Nela, há a Missão, a Visão e os Valores da liga, além de todo o processo de criação de um campeonato – que vai desde a idealização até os testes de validação.

“Nossa forma de trabalhar é vendo a liga não somente como um meio de diversão, mas sim uma empresa com processos muito bem definidos, planos de crescimento, entre outros. Isso nos ajuda a entregar para nossos pilotos, que são nossos clientes, campeonatos com organização profissional e qualidade diferenciada.”

Neste sentido, os campeonatos da BR League acompanham a evolução dos eSports. Afinal, basta fazer uma pesquisa com o termo “campeonato automobilismo virtual” que aparecerá uma série de ligas, para os mais variados gostos.

Além disso, sabemos que os simuladores estão cada vez realistas, atraindo pilotos das pistas reais para este mundo virtual. Por exemplo, as 24 Horas de Le Mans Virtual deste ano tiveram Max Verstappen e Felipe Drugovich entre os inscritos.

Não é pouca coisa, viu?

Projeção em um momento delicado no mundo

Conforme Guilherme, a Pandemia da Covid-19 foi um dos momentos que elevaram o interesse pelo automobilismo. Para alguns (como este escriba), houve a retomada de uma paixão. Para outros, ocorreu a descoberta pelos simuladores.

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“Com a necessidade de as pessoas ficarem em casa, o automobilismo virtual ganhou muita projeção, fazendo com que muitos entusiastas começassem a criar grupos de amigos para correrem juntos e, automaticamente, formando novas ligas”, resume.

Podemos dizer que foi o que ocorreu com a BR League. Afinal, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Covid-19 como pandemia em março de 2020, mesmo ano de fundação da liga.

Ou seja: o cenário se tornou favorável, em um momento delicado em todo o mundo (literalmente)

BR League: profissionalização é lema

Como já dito anteriormente, toda a equipe de gestão da BR League atua em corporações. E, apesar de serem apaixonados por automobilismo, o foco empresarial tem sido uma constante nas metas da organização.

“Um dos maiores desafios são justamente na questão que muitas ligas entregam preço e a BR League entrega valor, trazendo o diferencial para nossos pilotos, que vão participar de campeonatos estruturados, com regulamentos claros, organização dedicada e transmissões especializadas.”

Parte dessa premissa surgiu após uma análise do cenário do simracing no país. Segundo Guilherme, a modalidade carece de profissionalização no Brasil, já que a maioria dos pilotos virtuais são amantes do esporte. Muitas vezes, usando as plataformas apenas para diversão.

“Há muito espaço ainda para profissionalização e para investimento, visto que atuamos em plataformas de divulgação em nível nacional e mundial, como o próprio Youtube.”, alerta. Hoje, o canal da BR League conta com mais de dois mil inscritos e é lá que ocorrem as transmissões dos campeonatos.

Guilherme acrescenta que o trabalho profissional e com processos estruturados, focados em expansão contínua, permitiram esse impacto. “O negócio automobilismo virtual é ainda um campo pouco explorado, mas com muito potencial, assim como já vemos em outros tipos de jogos fortes no mercado.”

Das pistas reais para as virtuais

Se a liga foi criada durante a pandemia, era porque kartódromos e autódromos estavam fechados. Isso porque, em muitos estados, governos tomaram iniciativas para coibir a proliferação da Covid-19.

Além disso, campeonatos como a Fórmula 1 e a Stock Car Pro Series adiaram o início de suas temporadas naquele ano. Dessa forma, muitos pilotos reais tiveram de ficar em casa e recorrer aos simuladores para se manterem ativos.

Basicamente, isso contribuiu com a BR League. Ela foi criada por amigos em um momento em que não se podia ficar nas pistas. Mas, tem um ponto crucial. Dos quatro organizadores, três são pilotos reais. São eles:

  • Henrico Machado: Piloto de Kart
  • Guilherme Baldin: Piloto de Kart e de Monopostos
  • Guilherme Almeida: Piloto de Kart e de Marcas

“Apesar de o automobilismo virtual ter suas particularidades em relação ao real, há muitas semelhanças, principalmente no aspecto da competição.”, conta Guilherme, o Almeida.

Para ele, o fato da liga ter membros com experiência no automobilismo real, ajuda a BR League à tentar trazer uma experiência mais próxima o possível do que são os campeonatos do automobilismo real.

O que o futuro reserva para a BR League?

Ninguém aqui é a Mãe Dinah ou o Walter Mercado para prever o futuro. Porém, quando se tem um planejamento, com metas e objetivos a serem alcançados, podemos dizer que é possível imaginar como será o amanhã.

“Nosso objetivo nos próximos anos é ser a maior liga de automobilismo virtual do Brasil e, por que não?, do mundo.” A BR League já tem pilotos estrangeiros alinhando em seus grids, e contam com uma evolução acelerada, trazendo mais notoriedade para a liga.

Existe, também, a possibilidade de adicionar mais simuladores. Atualmente, os campeonatos ocorrem nas plataformas Asseto Corsa e iRacing. O objetivo, claro, é atender a um público ainda maior.

Apoiadores

Como sempre falamos aqui, apoiadores são essenciais para a longevidade de um projeto. No caso da BR League, a própria Push to Cast faz a sua parte, e firmou uma parceria que tem tudo para dar certo.

Além da gente, a liga conta com os apoios da John John 3D, da Zebinarts, da A57 Produções, da Gaia Consulting, da Silmax, da RealityXP, da BeAllBe, da Fábrica 3D, da F3D Design, da Grid Burn, da Texas Burguer e da Auto Clássicos.

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