Bruno Fernandes: Meu plano é viver do esporte

Sentar em um carro de competição,competir com outros de igual para igual e conquistar o seu lugar no automobilismo é o que muitos queremos. Entretanto, a caminhada não é fácil. Afinal, o esporte a motor é um dos mais caros do mundom e praticá-lo se torna quase impossível para muitos de nós..

Por isso, buscamos alternativas que nos levem o mais próximo possível do automobilismo. Por exemplo, me tornei jornalista e cobri de perto categorias como Stock Car e Copa Truck.

Já outros, como Bruno “Gordinho” Fernandes, encontraram uma saída no automobilismo virtual.

Dessa forma, não foi uma grande surpresa ouvir este nome durante a transmissão das provas da Turismo 1.4 RS, em Guaporé. Isso porque já conhecia o seu nome como integrante da equipe Snow Schatten. Depois, ficou cada vez mais fácil reconhecê-lo, devido às suas conquistas nas pistas virtuais.

Porém, tudo ganha contornos mais emocionantes ao vê-lo vencer em uma competição real. É como se representasse todos nós, que ainda não tivemos a oportunidade de vivenciar tudo o que experimentou nestes dias.

Só que, como dissemos no início deste texto, a trajetória não é fácil. Para isso, precisamos conhecer o nosso personagem mais a fundo.

Quem é Bruno Fernandes?

Bruno Fernandes é um virginiano nascido no dia 3 de setembro de 2020. Durante um bom tempo de sua vida, morou em Alvorada, município a 23 km de distância de Porto Alegre.

Como ele mesmo diz, a paixão pelo automobilismo começou cedo. “Sou apaixonado desde que me conheço por gente, basicamente. Foi no colo do meu pai, na arquibancada do Autódromo de Tarumã, em 2001”.

Em um primeiro momento, pode parecer estranho. Afinal, como uma criança com um ano de idade pode ficar com essa experiência marcada até hoje? Apenas os cientistas conseguem responder.

Sendo assim, era claro que o alvoradense queria investir no automobilismo. Porém, a realidade muitas vezes é dura. No caso de Bruno, as finanças familiares não acompanharam a sua vontade de se tornar um piloto profissional.

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A saída: automobilismo virtual

Tudo começou a mudar a partir de 2013. Na ocasião, conheceu o simulador rFactor e iniciou a sua trajetória. “Foi tudo brincando com os amigos”, resume.

Não poderia ser diferente. Há dez anos, poucos imaginavam que a indústria dos eSports chegaria ao simracing. Já, hoje, a história é muito diferente.

“A partir de 2019 me dediquei mais, até pelo tempo livre e também porque eu queria ser o melhor”, conta Bruno. Naquele momento, o rFactor deu lugar ao Automobilista. Desenvolvido pela Reiza Studios, foi o primeiro simulador que trouxe as categorias e as pistas nacionais no “pacote básico”.

Bruno vai além. “Como grandes montadoras entraram no mundo virtual para fazer campeonatos virtuais, isso gerou muito interesse”. Prova disso, são a eNASCAR e a Porsche eSports.

Sonho se torna realidade

Bruno Fernandes em Guaporé
Bruno mandou super bem na abertura da Turismo 1.4 RS

A virada de chave – com o perdão do trocadilho – ocorreu ainda em 2019. Naquele ano, Bruno conquistou o título da eStock Car e da Turismo Nacional virtual. Ao mesmo tempo, conquistava bons resultados nos certames de kart indoor.

Tudo isso o levaram a dar algumas voltas da categoria Turismo 1.4. “Isso levantou mais a vontade de correr no real”.

Dessa forma, foi fazer o curso de pilotagem da Escola Gaúcha de Pilotos. Essa etapa, também não foi sem emoção. Quem diz isso é Felipe Giro, seu companheiro na Snow Schatten.

Fez o curso. E agora?

A certificação é apenas uma etapa para se tornar piloto. “Depois que fiz o curso, fiquei dois anos sem correr em nada. É muito difícil arcar com os custos de uma corrida”. Ou seja, de 2019 até sua estreia na Turismo 1.4 RS, foi um longo caminho para conseguir apoiadores.

“O automobilismo, além de ser caro, tem pouco retorno. Tem que saber trabalhar muito bem com as empresas, pois elas também querem retorno”. Com esse pensamento, Bruno sabe que os resultados das pistas são apenas um dos pontos a serem levados aos patrocinadores. “Sempre precisa de um pouco mais (de resultado) fora delas.”

Talvez, esse tenha sido a motivação para atrair o olhar da Ghola Camisas, da Plus Veículos, da ColdBras, da Bastos Motorsports e da Olina Lab. “Sem eles, nada seria possível.”

Vitória emocionante na abertura do campeonato

E quais os próximos passos?

Há alguns bons anos, o músico e compositor Humberto Gessinger escreveu a música “Até o fim“. Podemos dizer que os dois primeiros versos resumem os planos de Bruno.

“Não vim até aqui
Pra desistir agora”

E ele, claro, não vai desistir.

“Meu plano é viver desse esporte. Estou trabalhando bastante para isso.”

Continua, Bruno. Vai até o fim.

2 comentários sobre “Bruno Fernandes: Meu plano é viver do esporte

  1. Resultado de um trabalho em conjunto.
    Vamos lá. Apoiando da Certo.
    Bruno merece e cada vez mais esta engajado no seu ideal.
    Vem muita novidade deste Gordinho ( já não é mais )
    Agaurdem……………..

    1. Com certeza, Paulo. Essa trajetória do Bruno serve como incentivo para muitos que querem realizar os seus sonhos. Parabéns para a Ghola, por acreditar nesse trabalho e apoiá-lo nessa caminhada.

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