Juliana Petruschky conquista vaga para o mundial de kart indoor

Quando Juliana Petruschky ergueu a mão direita aos céus no Kartódromo do Beto Carrero, no dia 11 deste mês, mostrou tudo o que o capacete escondia: a emoção conquistar uma vaga para o Kart World Championship, por meio da Seletiva da KMKZY Sports. Dessa forma, ela se torna a primeira participante brasileira confirmada para o evento mundial, na Bélgica.

Assim como Juliana, outros tantos pilotos buscam o seu lugar no campeonato que ocorre entre os dias 25 e 29 de julho, no WorldKarts. Isso porque ainda restam outras três seletivas no Brasil, o que pode levar uma delegação de até sete brasileiros neste que é um dos marcos do kart rental.

Enquanto as disputas ainda estão à caminho, a piloto catarinense de 34 anos ainda tenta entender tudo o que aconteceu. “A ficha ainda não caiu. Foi um dia muito especial, em que deu tudo certo”, resume Juliana, moradora de Blumenau.

Mas, para contar melhor sobre essa trajetória, precisamos conhecer a pilota um pouco mais. Para isso, vamos recorrer ao seu histórico no esporte a motor.

Do kart profissional para o rental

Juliana competiu por 15 anos no kart profissional, mas parou por falta de recursos

Já passou o tempo do kart indoor ser para amadores. Aliás, quando vemos os resultados do Gaúcho de Endurance Rental, percebemos que há equipes formadas por pilotos com um longo histórico no kartismo e no automobilismo nacional – como é o caso da equipe Kart Brothers.

Porém, as motivações para isso nem sempre são iguais. No caso de Juliana, o kart rental foi uma maneira de permanecer naquilo que mais ama: velocidade.

“Comecei a correr de kart com cinco anos e competi por 15 anos como profissional. Fui campeã catarinense e sul-brasileira”.

Almejando os próximos passos, houve um empecilho: os custos. “O esporte foi ficando cada vez mais caro e acabei parando de correr”. Aliás, casos como esse são comuns no automobilismo.

Por exemplo, o gaúcho Arthur Leist anunciou seu desligamento da Motortech Competições e da Stock Car Series por falta de patrocínio – dias depois de ter sido confirmado na equipe e na categoria.

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O retorno de Juliana ao kartismo

Entretanto, tudo mudou há cerca de dois anos, quando recebeu um convite inesperado. Queriam que ela participasse do Campeonato de Endurance de Kart Indoor (CEKI), no Beto Carrero. Foi a oportunidade para conhecer a modalidade. “Me apaixonei pela estrutura e pela organização”.

Além do mais, percebeu o quanto o kart rental evoluiu com o passar dos anos.

“Acredito que a modalidade cresceu muito e tem muito ainda a crescer. Antigamente, chamavam de ‘indoorzeros’, mas hoje em dia vejo muitos ex-pilotos profissionais correndo. Ou seja, não tem nada de amador no esporte”, sintetiza.

E a seletiva, como foi?

Quem pensa que o histórico tornou tudo mais fácil para ela, se enganou. Isso porque, uma das características da categoria é não ter kart próprio. “Tinham uns bem diferentes dos outros e tínhamos apenas uma volta para adaptação antes da corrida”, conta, para depois emendar: “Acredito que esse foi o maior desafio de todos os pilotos.

Não bastasse isso, o regulamento previa uma classificação de apenas uma volta antes das corridas. Daí, valeu a experiência também: largou entre os primeiros, evitando os enroscos com quem vinha mais atrás.

Agora, a pilota apoiada pela Piccoli Competições, KMKZY Sports e equipe Kart Brothers já tem os próximos passos em mente.

“Minha expectativa para o mundial é muito boa. Vou treinar muito e dar meu máximo no campeonato, para trazer esse título para o Brasil”.

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