Sobre desistências, rotas recalculadas e persistência
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Foto: F1.com
O pódio de Nico Hülkenberg em Silverstone nos permite filosofar sobre como existem várias formas de realizar nossos sonhos.
Quantas vezes você já desistiu de algo porque, em determinado momento, acreditou que nunca conseguiria? Muitas vezes, temos a tendência de dizer, em alto e bom som, “Nunca!”. Bem, talvez você seja como algumas pessoas, que não gostam de admitir, sendo que desistir também faz parte da vida.
Eu, por exemplo, já deixei de seguir em frente com alguns projetos. Um deles é justamente em relação ao automobilismo.
Quando me formei em Jornalismo, lá no fim de 2008, tinha o desejo de estar ao lado de Mariana Becker, cobrindo a Fórmula 1, conhecendo diversos países, etc. Só que o tempo me mostrou que esse caminho seria muito, mas muito difícil mesmo. Praticamente impossível, por uma série de circunstâncias.
Com isso, fui morar no interior do Rio Grande do Sul, onde pude exercer a profissão em pequenos jornais. O que, claro, me trouxe muitos ensinamentos.
Depois de um tempo, aquele projeto realmente ficou para trás. Hoje, não penso mais nele. O tempo me mostrou que era uma forma de “substituir” o meu sonho – por enquanto inatingível – por algo mais plausível. E não me arrependo. Só cheguei onde estou por causa do Jornalismo.
Por isso, a conquista do Nico Hülkenberg neste 6 de julho de 2025 no Grande Prêmio de Silverstone de Fórmula 1 dá aquele quentinho no coração. Faz a gente perceber que os caminhos quase nunca são retos e diretos: muitas vezes, há bifurcações, estradas esburacadas, poucos postos de gasolina para continuarmos a trajetória.
Recalcular a rota também faz bem. Traz novos aprendizados, mais maturidade e percepções sobre a vida. Até que, quando a gente menos espera, chega ao nosso destino. Ou seja, demora, mas estaremos lá.
E tem gente que ainda diz que o automobilismo é só um esporte, né?