Push to Cast

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Por que dedico mais espaço ao kartismo?

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Copa São Paulo Light - Rodrigo Dias

Foto: Rodrigo Dias

Não é à toa que o kart terá esse espaço cativo no Push to Cast. É porque acredito, mesmo, na força dessa categoria de base.

O kart tem um espaço cativo na minha relação com o automobilismo. Mesmo já acompanhando o esporte a motor desde o início dos anos 1990, esses pequenos carrinhos chamaram a minha atenção a partir de 1999.

Foi nesse ano que conheci o programa Karting, transmitido pelo Sportv, e conheci nomes da minha geração que fizeram história, de alguma forma, no automobilismo mundial. Bia Figueiredo, Nelsinho Piquet, Allan Hellmeister e Lucas di Grassi (para citar apenas alguns) tiveram seus rostos apresentados na telinha da televisão deste escriba.

O mesmo vale para as competições Como não sentir saudade da Seletiva de Kart Petrobras, que contribuiu com a carreira de tantos talentos? Ou, então, as coberturas de campeonatos como o Brasileiro de Kart?

Mas, quis o canal por assinatura, que a atração – e outras sete criadas e mantidas por produtoras independentes – fossem excluídas da programação em 2002. Na época, o diretor do Karting, Eduardo Regal, foi direto ao ponto nesta matéria: “O programa mostrava esse universo pouco divulgado”. Em seguida, sentenciou: “Esse público ficou órfão”.

Dito e feito.

Aos poucos, a cobertura de kart ficou mais restrita. Com a perda do espaço televisivo, Revista Racing e sites como Allkart.net e Planet Kart eram os que se dedicavam com afinco – e muita bravura – a preencher essa lacuna. Vale lembrar que, na época, criar e manter um site era muito difícil. Eram poucos serviços de hospedagem disponíveis, com um custo alto e sem as plataformas como as que temos hoje.

Além disso, internet banda larga era um sonho para muitos. Usávamos os provedores discados, quase sempre a partir da meia-noite, para pagar apenas um pulso. Isso tudo sem contar que YouTube era um tanto desconhecido, o Instagram não pertencia à Meta e nossa rede social preferida era o Orkut.

Eram outros tempos.

Por isso que, ao criar o site Push to Cast, aos poucos o foco foi mudando para o kartismo. Porque não existe automobilismo sem essa categoria aqui no Brasil.

Não apenas para formar pilotos para o mundo dos monopostos: muitos dos que estão na modalidade querem, um dia, competir em carros de turismo ou em protótipos. Entretanto, começam sua realação com o esporte a motor pelo kart.

E, claro, também não podemos esquecer daqueles que mantêm a modalidade viva até hoje. São donos de equipes, preparadores de chassi e de motor, fornecedores de equipamentos específicos, coaches, telemetristas, analistas de desempenho, fotógrafos, repórteres, social medias… É um grande grupo de pessoas que mostram que o kart movimenta não só uma das grandes paixões dos brasileiros, mas também a economia.

Não é à toa que o kart terá esse espaço cativo no Push to Cast. É porque acredito, mesmo, na força dessa categoria de base.