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Kartismo Gaúcho: Os desafios e o futuro da base do automobilismo

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O kartismo gaúcho projetou pilotos para as mais importantes categorias mundo a fora. Mas, ao longo do tempo, os grids foram diminuindo e gerando mais dúvidas que certezas. Porém, todos os envolvidos têm um objetivo em comum: fortalecer novamente o setor. Só que, para isso, será necessário superar alguns obstáculos que ainda persistem no nosso esporte.

Os dias 28 e 29 de setembro de 2023 marcaram uma virada na trajetória do Push to Cast. Foi naquele fim de semana de sol, em Venâncio Aires (RS), que a reportagem esteve no Kartódromo Municipal da cidade. Um espaço cativante, com um traçado de 987 metros de extensão dentro do Parque Municipal do Chimarrão.

Era a terceira e última etapa do Campeonato Gaúcho de Kart daquela temporada, que teve quase 70 inscritos distribuídos em 14 categorias. No local, Jean Picolotto – atual Campeão Gaúcho de Kart na categoria Super Sênior – disse ao repórter: “É aqui que tens de investir”. Uma dica que causou certo espanto, já que esse canal se dedicava com afinco ao kart rental.

Mas, ao fim da competição, a sugestão fez sentido. Ao ver o “corre-corre” dentro e fora da pista, com pilotos e equipes juntos “metendo a mão na graxa”, a perspectiva sobre a modalidade mudou. Ou, melhor, o motor dois tempos da linha editorial se ativou.

O Push to Cast entendeu que muito do kartismo se deve à dedicação de pessoas (até certo ponto) anônimas, com suas vidas pessoais e profissionais bem definidas e que veem nesse esporte uma forma de realizar seus sonhos ou, em alguns casos, descansar a mente – como confidenciou certa feita um piloto.

Clubes e kartistas: peças fundamentais do kartismo

Muitas dessas personagens são associadas a clubes. Estes, por sua vez, têm uma importância enorme no setor. Para se ter uma ideia, das quatro etapas realizadas neste ano, três seriam organizadas e promovidas pela Associação de Automobilismo de Vacaria (AAVA), pelo Guaporé Kart Clube (GKC) e pelo Venâncio Aires Kart Clube (VKC).

A exceção foi a divisão de circuitos da fabricante de chassi Techspeed, responsável pela quarta e última rodada, no Kartódromo Cesar Francischini, em Farroupilha, na Serra Gaúcha. Entretanto, devido aos problemas enfrentados por Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, o VKC se viu impossibilitado de seguir em frente com a empreitada. Com isso, a terceira etapa também foi realizada em território farroupilhense.

Os parágrafos acima são apenas uma explicação dos motivos que fizeram o Push to Cast acelerar um pouco mais para dentro do kartismo gaúcho. Uma modalidade de base importante no automobilismo mundial, mas que no Estado – e também no país como um todo – é repleto de desafios que merecem ser esclarecidos a todos.

Afinal, se queremos retomar a formação de pilotos e pilotas promissores para o mundo, devemos retornar às nossas raízes e entender como a maioria das competições são realizadas, quais as suas dificuldades e o que podemos fazer para que retomem sua força não apenas localmente, mas, também, para além de nossas fronteiras.

Sobre esta reportagem

Para fazer esta reportagem, o site conversou com Eduardo Giuriolo Rech, presidente da AAVA, Arthur Mantese, presidente do GKC, e Jonathan “Jony” Machado, presidente do VKC. Todos contam as histórias de seus clubes, como conseguem mantê-los e, ainda assim, administrar os kartódromos sob suas tutelas.

Ao mesmo tempo, relatam os maiores desafios e sugerem melhorias à Federação Gaúcha de Automobilismo (FGA) para que o kartismo próprio (ou profissional) gaúcho retome a força de antes.

O diretor do Departamento de Kart da entidade, Jhony Bonilla, também faz suas ponderações e dá dicas para o fortalecimento de associações e clubes espalhados pelo Rio Grande do Sul. Por isso, o Push to Cast te convida a ler esta reportagem, produzida ao longo de dois meses entre apurações e conversas com pessoas que contribuem para o desenvolvimento do kartismo gaúcho.

A importância dos clubes no desenvolvimento da modalidade

Largada F4 Graduados em Guaporé - Rodrigo Dias
Guaporé sediou a segunda etapa, e teve menos de 40 inscritos – muito também devido às enchentes que atingiram o Estado no primeiro semestre (Foto: Rodrigo Dias)

Para falar do desenvolvimento do kartismo gaúcho, não se pode olhar apenas para o presente e o futuro. É necessário voltar ao passado, às vezes muitas décadas, para entender como chegamos até aqui. Afinal, toda construção precisa de uma base sólida para se manter, e ela só ocorre com muita paixão, força de vontade e, claro, recursos – humanos e financeiros.

Um desses exemplos é a Associação de Automobilismo de Vacaria (AAVA). Fundada em 1982, sua história começou um ano antes. “Em 1981, dois pilotos de kart de Vacaria que participavam de um campeonato regional de kart em Passo Fundo (região Norte do Estado) tiveram a ideia de fazer uma prova de na cidade”, conta Eduardo Giuriolo Rech, atual presidente da associação.

Como o município não tinha um kartódromo, o jeito foi usar a criatividade. Com o apoio da administração pública e da Brigada Militar (como é chamada a Polícia Militar no Rio Grande do Sul), foi montado um circuito de rua. “A prova foi um sucesso, trazendo pilotos de Passo Fundo, Erechim, Caxias do Sul e região”, complementa Rech. Dessa forma, ficou “fácil” criar uma associação de kartistas, que teve Claudionor de Lima Dian como seu primeiro presidente.

Duzentos e quarenta e um quilômetros de distância dali está situada a cidade de Venâncio Aires, na região do Vale do Rio Pardo. Lá, entusiastas da modalidade passaram por uma situação semelhante. Os pilotos tinham de se deslocar por cera de uma hora até Paverama, no Vale do Taquari, para sentir a emoção das disputas em alta velocidade.

“Na ocasião, era período de eleições. Então, juntamos o útil ao agradável”, relembra o presidente do Venâncio Aires Kart Clube (VKC), Jonathan Machado, popularmente chamado de Jony. “Em visita ao então prefeito Airton Artus, foi manifestado o desejo da pista”, continua. Para aumentar as chances de ter um kartódromo, o grupo mostrou como a modalidade poderia contribuir com a economia local.

Foi assim que, há 16 anos, o Parque do Chimarrão se tornou também a casa da velocidade em Venâncio Aires.

Um caminho diferente

Em outra região gaúcha, mais precisamente na Serra, está situado o município de Guaporé. Ali, ao contrário de Vacaria e Venâncio Aires, kartistas dificilmente participavam de competições em municípios vizinhos. O foco era aproveitar a existência do autódromo local para improvisar treinos durante suas confraternizações.

“Montávamos um pequeno traçado com pneus e, assim, surgiram os primeiros treinos de kart”, rememora Arthur Mantese, atual presidente do Guaporé Kart Clube. Assim, se deu a primeira acelerada para a criação do kartódromo local “e dar início ao esporte em nossa cidade, que já era tradicional no esporte a motor devido ao autódromo”. O kartódromo completou 24 anos de existência nesta temporada.

De fato, ter um circuito deste porte foi um grande “facilitador” para os kartistas. Durante muito tempo, Guaporé recebeu competições das mais variadas categorias nacionais do esporte a motor, como Stock Car, Fórmula Truck, além de algumas já inexistentes, como a Pick-Up Racing.

O papel das associações

Todas as associações têm suas missões e visões em relação ao kartismo. O que elas têm em comum é o foco no desenvolvimento do esporte. “Nossa proposta sempre foi de promover treinos, realizar corridas e, o principal, gerar novos pilotos”, reforça Mantese.

Já no caso de Venâncio Aires, a missão é a de lembrar da importância do kartismo para a cidade. E uma dessas formas foi “reativar” o kartódromo que, até 2016, “estava bem parado”, com poucas provas e manutenção da infraestrutura. No segundo semestre daquele ano, o clube realizou o Campeonato Amigos do Kart, que contribuiu para o retorno das provas regionais. Tanto que, desde 2017, é palco de pelo menos uma etapa do Campeonato Gaúcho de Kart.

Altos e baixos também fizeram história na AAVA, mas a resiliência é uma palavra que está no dicionário dos vacarienses. A associação é uma das poucas que realiza seu Campeonato Citadino de Kart – que, neste ano, conta com cinco etapas. Além disso, cada gestão contribuiu com o kartódromo como pode para fazer melhorias.

Esta é apenas uma mostra do papel das associações de pilotos de kart no desenvolvimento do kartismo gaúcho. Porém, todo trabalho tem seus desafios, e é isso que você lerá na próxima parte.

Os custos para realizar suas provas

Citadino de Vacaria - Idalicio Umpierre
AAVA, em Vacaria, é uma das entidades locais que promovem seus Citadinos ao longo do ano (Foto: Idalicio Umpierre)

O kartismo tem pilotos e pilotas de todas as idades. Existem os jovens, que enxergam nele uma forma de mostrar seu potencial e, quem sabe um dia, chegar às maiores categorias do automobilismo nacional, quiçá mundial. Ao mesmo tempo, a modalidade abre espaço para quem vê nas disputas um hobby, uma forma de se divertir ou de se esquecer dos problemas que a vida adulta traz.

Independente de quem se fala, uma coisa é importante: fortalecer o kartismo é um desafio desafio e tanto. E existem muitos, mas a reportagem elencará apenas alguns para não tomar muito do seu tempo.

O primeiro deles é a própria modalidade. São diversas competições espalhadas pelo Brasil, muitas com conflitos de datas. O planejamento da temporada deve ser muito bem-feito, até por causa do orçamento limitado de muitos pilotos – principalmente os que dependem exclusivamente do paitrocínio.

Outra situação que complica é o calendário. No caso do Rio Grande do Sul, a Federação Gaúcha de Automobilismo (FGA) só bateu o martelo da temporada 2024 no início deste ano. Isso dificulta quem busca o apoio de empresas, já que muitas delas definem seus investimentos nos últimos meses do ano anterior.

Também devemos levar as datas para inscrição nos projetos de Lei de Incentivo ao Esporte (LIE). Assim como o planejamento da iniciativa privada, o Poder Público também atua de forma antecipada. Assim, quem depende desse tipo de financiamento, muitas vezes, só conseguirá competir no meio da temporada.

Este fato foi mudado nesta temporada. A FGA comunicou, no fim de outubro, o calendário das competições federadas. Além de atender ao planejamento dos pilotos, também levou em conta um pedido de muito tempo: que o Campeonato Gaúcho de Kart seja em uma etapa. “Foi um pedido dos pilotos, que também competem em outras competições”, declarou Jhony Bonilla, diretor do Departamento de Kart da FGA.

O último obstáculo, e o mais importante, são os custos dos promotores. Como confidenciou um ex-dirigente: “Os clubes costumam ter prejuízo nessas etapas”. Arthur Mantese, presidente do Guaporé Kart Clube, confirma. “Hoje, infelizmente, as provas não geram lucro para o kartódromo. O que mantém o funcionamento são as taxas de treino e mensalidades dos sócios.”

Custos e mais custos

Mas, como isso acontece? Por um lado, vem a natureza do esporte a motor.

O kartismo é um esporte caro. Só para se ter uma ideia, um piloto da categoria F4 Júnior desembolsou, nesta temporada, pelo menos R$ 450,00 de inscrição antecipada e R$ 550,00 de aluguel de motor por etapa. Caso o registro fosse feito no dia, os custos só com essas duas exigências sobe para R$ 1.250,00. Ou seja: “O kart tem um custo muito alto e, hoje, é um esporte elitizado”, ressalta Bonilla.

Além disso, existem a compra obrigatória de um jogo novo por prova, o combustível, o deslocamento, a estadia, e por aí vai. Nesse sentido, o dirigente da FGA compara a situação atual com a de quando ele mesmo era piloto. “Naquela época, um kart novo custava em torno de 4 mil dólares. Hoje, o valor está muito maior”, ressalta ele, que usa a moeda americana por ser uma das mais usadas no mercado mundial.

Na soma de tudo, se entende porque as etapas desse ano tiveram poucos inscritos, ainda mais depois das enchentes que assolaram o Estado em maio, impedindo que o Venâncio Aires Kart Clube (VKC) realizasse a terceira etapa do Campeonato Gaúcho deste ano. Muitos não tiveram dinheiro suficiente para bancar suas corridas.

As cobranças da FGA

Entretanto, outro fator contribui com esse prejuízo – ou, no máximo, empate de despesas e receitas: os encargos da Federação. Os dirigentes explicam como que são feitos os cálculos.

Com 92 sócios, sendo 53 federados, a Associação de Automobilismo de Vacaria (AAVA) precisa fazer uma boa promoção de suas competições. “Para poder cobrir as despesas de uma etapa do nosso Citadino, é preciso, no mínimo, termos 45 pilotos inscritos. Com menos, é prejuízo na certa”, ressalta Eduardo Giuriolo Rech, presidente entidade vacariense. Vale lembrar que o Campeonato Citadino de Vacaria, composto por cinco etapas, é federado.

Mas, quais são esses custos? Rech ajuda a entender: Comissários da FGA, Diretor de Prova, cronometragem, manutenção, bandeirinhas, limpeza do kartódromo, equipe de transmissão – que ajuda a divulgar os patrocinadores – e a alimentação de todos eles, a estadia de alguns, os troféus e outras situações que aparecem no decorrer do evento.

Assim como a AAVA, o Venâncio Aires Kart Clube (VKC) também se mantém com a anuidade dos sócios, o aluguel da pista para treinos aos não sócios – quando se cobra uma taxa por kart – e arrecadação de patrocínio. “Como somos dez empresários que não visam o lucro pessoal, muitas vezes o patrocínio vem de nossas empresas”, diz Jonathan Machado, o Jony, presidente do VKC. Todos os 35 associados são filiados.

Jony, assim como Mantese e Rech, vê o trabalho da FGA como importante para o esporte, mas diz que “não é feito da forma que gostaríamos”. E por quê? “Hoje, em uma prova federada, 50% dos custos são com encargos da federação”, ressalta.

Depois, entre 35% e 45% são os custos para realizar a prova, sobrando muito pouco para o clube. “Ou, como já aconteceu, empatarmos ou ficarmos em prejuízo”, desabafa. “Talvez, este seja o motivo maior de não se realizar mais eventos no geral do kartismo no Sul, pois se torna muito pesado.”

Sobre isso, Bonilla é direto. Todos os promotores – independente da modalidade – recebem o Caderno de Encargos da FGA. O documento detalha tudo o que é necessário para que a Federação homologue a prova ou o certame. Entre os itens, estão as equipes técnica e de segurança, ambulância, banheiros, comissários, entre outros.

Porém, ressalta que existem formas dos clubes gerarem receita durante a realização das corridas. “O bar ou restaurante, os treinos e os patrocínios, por exemplo, tudo fica com o clube de kart”, explica Bonilla.

E agora, como fica? Presidentes de clubes e o dirigente da FGA fazem propostas para que o kartismo gaúcho retome a sua importância no cenário nacional. Avance para a próxima e última página e saiba o que pensa cada um.

Propostas para fortalecer o kartismo gaúcho

Público no Kartódromo de Farroupilha - Rafael Pierre
Última etapa do Gaúcho de Kart levou diversos familiares de pilotos ao Kartódromo de Farroupilha (Foto: Rafael Pierre)

Mas, ao contrário do que costuma ocorrer, os três dirigentes não tecem apenas críticas. Ao mesmo tempo que as fazem, reconhecem o apoio dado pela Entidade e propõem alternativas para, quem sabe já no próximo ano, ter um incremento de inscritos nas etapas de suas competições.

Cédulas desportivas

“Precisamos de ajuda para trazer o piloto amador de final de semana para participar das corridas. Para isso acontecer, precisamos baixar o custo”, avisa Mantese, do GKC. Entre as maiores reclamações ouvidas pelos seus 34 sócios estão os valores das taxas de inscrição e de filiação para os pilotos.

No caso específico da filiação, Bonilla lembra que o valor da cédula desportiva é definido pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) que, por sua vez, precisa atender as determinações da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). “Há toda uma gestão organizacional (dessas entidades)”, reforça.

Ele aproveita para lembrar que ser um piloto federado oferece benefícios. O principal deles é o seguro para todas as provas. Bonilla cita como exemplo o acidente que ocorreu na final do Campeonato Gaúcho de Kart, quando um piloto foi jogado para fora do kart após um grave acidente – saindo apenas com escoriações e danos materiais.

Além disso, os competidores também dispõem de convênios com diversas lojas do segmento.

Além disso, ressalta que as federações têm conversado entre si para tentar a criação de uma carteira regional de pilotos. A ideia seria de, com ela, permitir que pilotos compitam em provas locais, como Citadinos, enquanto nos campeonatos maiores haveria a exigência do documento nacional.

Esse assunto deve ser retomado após as eleições para a próxima gestão da CBA.

Pneus e comissários

Para Rech, da AAVA, além das carteiras de piloto, a FGA também deve se atentar para os pneus. “Hoje é o maior custo na manutenção do kart”, informa. Segundo ele, repensar o regulamento dos campeonatos como um todo pode contribuir para a diminuição dos gastos sem perder os rendimentos técnicos do kart e do piloto.

Já Jony vê como importante não colocar na conta das associações os custos com comissários. “A Federação já arrecada com anuidades e carteira de habilitação de piloto. Não precisava cobrar para ter esses profissionais e outras coisas mais que são cobradas”, finaliza. Vale ressaltar que, no caso das cédulas desportivas, as federações ficam com 60% da arrecadação.

Nestes dois últimos pontos, Bonilla faz suas ponderações. Sobre os valores dos pneus, diz que a MG Pneus cobra o preço de mercado. “Ela é uma empresa que está em mais de cem países, tem seus custos e precisa pagar os impostos”, informa.

Para ele, a situação poderia ser melhor caso o Brasil se espelhasse no vizinho Uruguai, onde, diz, há isenção de impostos para esse tipo de insumo. “A CBA está há um tempo buscando esse tipo de incentivo”, conta.

Já sobre os custos dos comissários, Bonilla salienta o apoio da própria MG Pneus. Conforme ele, parte do patrocínio da empresa é destinada a esses profissionais e outros custos da entidade. Entretanto, reforça que esta é uma situação que dificilmente vai mudar. “A Federação, como qualquer entidade, vive de taxas.”

Propostas para fortalecer os Clubes

Ao mesmo tempo que os clubes fazem sugestões à FGA, a entidade aproveita a reportagem para contribuir com os dirigentes desses grupos. Bonilla relembra que são independentes e precisam encontrar maneiras de mantê-los funcionando.

Com experiência na gestão dos kartódromos de Tarumã, em Viamão, e o antigo Velopark (atual Circuito Internacional Techspeed), em Nova Santa Rita, o diretor do kartismo gaúcho lembra suas ações nestes períodos. “Quando fui gestor dos clubes de Tarumã e do Velopark, eu tinha escola de pilotos e promovia o Citadino de Porto Alegre.” Conforme ele, já passaram pelas suas aulas mais de 1.500 pilotos de kart.

Outra forma encontrada para manter as atividades praticamente ininterruptas foi o investimento em kart indoor. “Hoje é o que ajuda a manter muitos kartódromos na ativa”, ressalta. Para ele, caso os clubes não tenham dinheiro para este fim, podem buscar parcerias com empresas que tenham este tipo de kart e, em troca, receber parte do valor para a manutenção do espaço.

E finaliza: espera que a próxima temporada já tenha mais competições locais ao longo do ano. “A etapa única do Gaúcho de Kart permite que eles (clubes) façam seus Citadinos”, finaliza.

Independente de quais forem as ideias, uma coisa todos sabem: muitos obstáculos virão. Porém, outra coisa é certa: todos precisarão se unir e trabalhar em conjunto para que o kartismo gaúcho retorne aos seus tempos áureos.















































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