Mente forte para lidar com imprevistos

As enchentes no Rio Grande do Sul causaram grande comoção no país, e não seria diferente na comunidade do automobilismo

Jean Picolotto em Guaporé - Arquivo Pessoal
Jean Picolotto se prepara para a segunda etapa do Gaúcho de Kart, neste fim de semana, em Guaporé (Foto: Arquivo Pessoal)

Praticar um esporte de alto rendimento exige muito mais do que habilidade do atleta. A mentalidade também precisa ser forte para enfrentar os imprevistos de uma temporada. Afinal, esportistas são, antes de tudo, seres humanos e, por isso, não ficam alheios ao que acontece ao seu redor.

Neste sentido, fica a pergunta: como os pilotos gaúchos lidaram e ainda lidam com as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no final de abril e maio inteiro?

A questão é de extrema importância, por uma série de motivos. Como conta o Piloto Push to Cast, Jean Picolotto. “de alguma forma, todos nós fomos afetados”.“Seja por estarmos em áreas que foram atingidas severamente ou por termos algum conhecido ou parente que esteve. Naquele momento chegamos a esquecer aquela rotina de antes”, relembra.

Nsta “rotina de antes”, estava a preparação para a segunda etapa do Campeonato Gaúcho de Kart, do qual o piloto financiado pela Prefeitura de Caxias do Sul e Secretaria Municipal do Esporte e Lazer, através do Fiesporte, e patrocinado pela Vinícola Galiotto participa nesta temporada. Mas, tinha uma explicação: o foco estava em outra situação.

“Vi muita gente dedicando-se a ajudar o próximo, tanto na linha de frente quanto nos bastidores”, salienta. “Nosso povo é muito aguerrido e não se entrega fácil. Precisamos retomar o quanto antes para que o nosso Rio Grande não sofra ainda mais.”

Os reveses do automobilismo gaúcho

As notícias sobre a tragédia no Estado geravam mais dúvidas do que certezas. Uma delas era sobre a continuidade da competição do kartismo regional. A primeira questão era a Federação Gaúcha de Automobilismo (FGA), que teve sua sede alagada e foi obrigada a ir para uma instalação provisória.

Depois, os bloqueios nas estradas tornavam qualquer viagem praticamente impossível, já que a prioridade era ajuda às vítimas e a recuperação das cidades. Diante de tudo isso, como pensar em uma prova de esporte a motor?

Porém, aos poucos, a meteorologia ameaçadora se tornou mais leve, permitindo uma avaliação melhor da situação. Com isso, a segunda etapa do Gaúcho de Kart, prevista para os dias 22 e 23 de junho, foi reagendada para este fim de semana – ou seja, sete dias de “atraso”.

O retorno à rotina

“Aos poucos, vamos tentando retomar um pouco do cotidiano. O planejamento em relação aos desafios nas pistas estão retornando depois de uma pausa”, admite Picolotto. “Apesar de não deixarmos de executar o preparamento físico, que é indispensável no kart, somente retornamos para treinos em pistas há três semanas.”

Apesar do desconforto que uma situação dessas gera, o Piloto Push to Cast já está com a mente na competição. E ele sabe que isso é necessário. Afinal, das quatro praças definidas no calendário de 2024, a de Guaporé é a única que desconhece. “Qualquer atraso no cronograma exige uma compensação depois. Temos que trabalhar muito para recuperar este atraso.”

Jean Picolotto, piloto da Associação JMP Racing, é financiado pela Prefeitura de Caxias do Sul e Secretaria Municipal do Esporte e Lazer, através do Fiesporte, com o projeto JMP Racing no Campeonato Gaúcho de Kart/Prefeitura de Caxias do Sul.


O programa Piloto Push to Cast tem o objetivo de acompanhar a trajetória de pilotos de kart e de automobilismo pelo Brasil e publicar em seus canais de comunicação. Caso tenha interesse em fazer parte do Piloto Push to Cast, entre em contato pelo e-mail rodrigo@pushtocast.com.br

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