FIA confirma quebra "mínima" do teto de gastos da Red Bull na F1 2021
A Federação Internacional de Automobilismo entendeu que a Red Bull cometeu uma "violação de conduta" em relação ao teto orçamentário de 2021, o que significa que a equipe está livre de qualquer punição esportiva e o título de Max Verstappen em 2021 está mantido
A FIA confirmou, nesta segunda-feira (10), que finalizou a revisão dos documentos sobre o teto de gastos da Fórmula 1 na temporada 2021. O órgão confirmou que a Aston Martin violou o regulamento financeiro de forma "processual", enquanto a Red Bull, campeã de pilotos na temporada passada com Max Verstappen e também do campeonato de 2022, é considerada com uma violação menor.
O órgão confirmou que, por ser o primeiro ano da aplicação do regulamento orçamentário, a FIA vai se limitar apenas em revisar as documentações enviadas e não realizará uma investigação formal sobre. A administração orçamentário ainda estuda a punição que será dada para as duas equipes.
A polêmica tomou conta do fim de semana do GP de Singapura, vencido pelos taurinos com Sergio Pérez, quando a revista alemã Auto Motor und Sport revelou que a FIA investigava a possibilidade de Red Bull e Aston Martin terem ultrapassado o limite de US$ 145 milhões (R$ 782 milhões, na cotação atual) durante a temporada 2021, que marcou o título de Max Verstappen. A partir daí, Ferrari e Mercedes teceram comentários a respeito de duas equipes que teriam desrespeitado o acordo do teto orçamentário do ano passado — a outra seria a Aston Martin.
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Chefe da Red Bull, Christian Horner ficou furioso com as contestações e as classificou como "comentários absurdamente difamatórios", ameaçando até mesmo um processo contra os rivais para provar a inocência de sua equipe. O britânico reafirmou que os taurinos teriam respeitado as regras e questionou de onde estaria saindo o vazamento desta informação.
"Certamente não tenho ciência de nenhuma violação. O conselho enviou tudo em março, então tem sigo um longo processo com a FIA, e estamos nele enquanto falamos. Eles estão seguindo corretamente este processo, e acho que no meio da próxima semana é quando eles declaram os certificados. Como disse antes, é um processo em andamento. Existem pontos no orçamento que não pertencem a ele, como mencionei antes, de pessoas que são listadas e trabalham em outras companhias. A FIA diz que não sabe [como se tornou público], mas é estranho que pontos de um processo em andamento, que ainda não foram esclarecidos, viraram públicos. É um dano à reputação", adicionou Horner.
Consultor-esportivo dos austríacos, Helmut Marko também se pronunciou e disse que a Mercedes "ainda não superou 2021", se referindo claramente à perda do título mundial de Pilotos na última corrida do ano, em Abu Dhabi.
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O teto orçamentário foi introduzido na F1 no ano passado e, de início, fixado em US$ 145 milhões (R$ 782 milhões, na cotação atual). Para 2022, a entidade optou por reduzi-lo em US$ 5 milhões (R$ 26 milhões), mas permitiu um acréscimo de 3,1% com o campeonato em andamento por correção inflacionária. Mesmo assim, as equipes do grid, sobretudo as ponteiras (Red Bull, Mercedes e Ferrari), já fizeram várias reclamações públicas sobre como o limite de gastos compromete o trabalho de desenvolvimento do carro.
Após Verstappen assegurar o título mundial com a vitória no GP do Japão, a Fórmula 1 retoma suas atividades em duas semanas. A próxima parada da categoria será a segunda corrida da temporada nos Estados Unidos, agora em Austin, entre os dias 21 e 23 de outubro.
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