O que esperar da Nascar Brasil Sprint Race?
O dia 16 de novembro surpreendeu os brasileiros fãs de automobilismo nacional e estadunidense. Foi neste dia que a GT Sprint Race anunciou a parceria com a National Assotiation for Stock Car Auto Racing, também conhecida como Nascar. Agora, a categoria brasileira terá um novo nome: Nascar Brasil Sprint Race.
Com essa união, a categoria americana amplia a sua presença ao redor do mundo. A partir de 2023, ela estará em 12 países, distribuídos em três continentes e dividida em quatro categorias – além da própria nos EUA.
Mas, você sabe o que isso representa para o Brasil?
Continue a leitura para saber.
Estrangeiros na Nascar
Nos últimos anos, vimos diversos pilotos de outros países em alguma das três divisões da categoria. Atualmente, a divisão principal tem o mexicano Daniel Suárez como piloto regular. Porém, contou com nomes como Jacques Villeneuve, Daniil Kvyat e Kimi Räikkonen como convidados em algumas provas.
Só que, antes deles, muitos outros estrangeiros participaram da Nascar. De maneira regular ou esporádica. Cito aqui o australiano Marcus Ambrose e o Juan Pablo Montoya como grandes nomes da divisão principal.
Apesar de vencerem pouco, podemos dizer que fizeram bonito.
Brasileiros por lá
Se você participou de corridas online da franquia Nascar Racing como eu, também vibrou com a estreia do Christian Fittipaldi na Nascar.
Primeiro, porque ele foi o primeiro brasileiro em uma prova da Nascar. Em segundo lugar, Fittipaldi foi para a Petty Enterprises, equipe do lendário Richard Petty. O terceiro ponto era a contratação como piloto regular tanto na então Busch Series quanto na Winston Cup – atuais Xfinity e Cup Series.
Apesar de não ter vencido, o sobrinho do Emerson abriu portas para outros brasileiros: Nelsinho Piquet e Miguel Paludo. O gaúcho dá as caras na categoria às vezes, como neste ano.
Sem contar Tarso Marques, que quase competiu algumas provas por lá. Porém, não deu certo e a expectativa fica para 2023.
Sabe por quê?
Porque Tarso é irmão do Thiago Marques, CEO da Sprint Race.
Viu como as coisas se alinham?
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Nascar pelo mundo
Agora que já falamos sobre os estrangeiros e os brasileiros na categoria, vamos aprofundar um pouco mais o tema. Assim como a Fórmula 1, a Nascar também é um negócio. Apesar de ser uma entidade privada, estudos estimam que ela gere mais de 300 milhões de dólares por ano.
Logo, faz muito sentido ela querer expandir o seu negócio para outros mercados. Como todo líder empresarial, a categoria pesquisou e viu que o brasileiro ama a Nascar.
Tanto é verdade que muitos que a acompanhavam pelo extinto Canal Speed passaram para a Fox Sports e hoje assinam a Band Sports.
Por que não explorar isso?
Experiência ela já tem, já que o processo de internacionalização começou há tempos.
Nascar México Series
Desembarcar no país vizinho foi o primeiro passo. Aliás, não tinha como ser diferente. Quem acompanha a Fórmula Indy viu nomes como Adrián Fernandez e Michel Jourdain Jr. correndo por lá. Além disso, hoje tem o Patrício O’Ward.
Então, em 2004 foi criada a Nascar México Series. Inclusive, ela abriu portas para que um tal de Daniel Suárez mostrasse seu nome e fizesse algumas provas nas divisões de base da categoria nos EUA.
Quem sabe a Nascar Brasil Sprint Race não faca isso também?
Nascar Pinty’s Series
Três anos depois, os dirigentes da Nascar resolveram ampliar os horizontes. Ainda sem ir muito longe, mas não deixava de ser outro país. Foi assim que surgiu a Nascar Pinty’s Series. Ela é a versão canadense da categoria e vai para a sua 17ª temporada no próximo ano.
É muita coisa.
Nascar Whelen Euro Series
Em 2009, foi a vez dos europeus receberem uma categoria homologada pela Nascar. Assim como a versão brasileira, lá ela é conhecida por outros nomes, como Racecar Euro Series e Euro-Racecar Nascar Touring Series.
Também é um sucesso. Senão, não estaria em sua 13ª temporada, né?
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O que esperar da Nascar Brasil Sprint Race?
Antes de tudo, quero dizer que me surpreende a parceria com a Sprint Race. Sempre achei que a Stock Car seria a escolhida, já que elas têm certas semelhanças. Pelo menos para mim.
Ao mesmo tempo, vejo com bons olhos a escolha da Nascar.
É uma categoria sólida, com seus dez anos de atividade. Ao mesmo tempo, conta com nomes consagrados no automobilismo nacional, como Thiago Camilo e Gabriel Casagrande. Ainda por cima, os carros são iguais para todos, deixando-a mais equilibrada e competitiva.
Porém, não devemos esperar grandes mudanças. Afinal, é uma parceria esportiva e técnica, não uma compra.
Os carros
Fiz essa pergunta no Instagram da categoria e a resposta foi objetiva e sincera (do jeito que a gente gosta): os carros não mudarão. Manterão as mesmas características e continuarão preparados por uma só equipe.
Mais interesse de pilotos na Nascar Brasil
Não podemos ser ingênuos. A chancela de um nome importante como a Nascar deve ser um grande atrativo para pilotos, independente do currículo. Até porque haverá premiação em dinheiro ao longo do ano e a seleção de novatos para participar do programa Drive Development da categoria americana.
Desenvolvimento comercial
Se tem uma coisa que estadunidense sabe fazer é dinheiro. O nome Nascar pode ajudar no desenvolvimento comercial tanto da categoria como das equipes. Isso porque a própria categoria acredita em intercâmbio de informações entre equipes.
Vai que isso ajude na captação de mais patrocínios?
Mais público nos autódromos
Como já foi falado anteriormente, o brasileiro ama a Nascar e muito do que ela envolve. Quem sabe, novas experiências surjam para o público e as etapas sejam muito mais que corridas? Talvez – por que não? – grandes eventos?
Em resumo…
Nós só temos a ganhar com a Nascar Brasil Sprint Race. Talvez, dessa forma, consigamos fortalecer ainda mais o nosso automobilismo e mostrar que ele também pode ser visto como um grande negócio.
