5 pilotos para inspirar o retorno de Vettel à F1
Aposentadorias de pilotos sempre são difíceis de digerir. Quando são de personagens carismáticos, então, nem se fala. E, se tem um piloto que a ampla maioria dos fãs sentirão falta é de Sebastian Vettel.
A etapa de Abu Dhabi mostrou muito bem isso. Com uma corrida morna e resultados até que previsíveis, a despedida do tetracampeão foi o ponto mais alto. Das “pistoladas” no rádio pela escolha da estratégia à última entrevista como piloto do circo, todos estavam de olho em sua apresentação.
Alguns, como Lewis Hamilton, acreditam no retorno do piloto alemão em breve. Isso pode ser um bom sinal. Primeiro, porque Vettel tem 35 anos. Ou seja, é bastante jovem.
Em segundo lugar, porque nem ele descarta essa ideia. Em resumo, Vettel pode se inspirar em Alonso e retornar mais próximo dos 40 anos sem dificuldade alguma.
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Como diz o ditado, “a esperança é a última que morre”. Por isso, fizemos essa lista de cinco pilotos para inspirar Vettel a retornar à Fórmula 1.
Te liga nesses nomes, Vettel!
Toda lista pode gerar conflitos em quem lê. Isso ocorre porque leva em conta diversos critérios. No caso, optamos por selecionar aqueles que se aposentaram e retornaram apenas à categoria máxima do automobilismo mundial.
Niki Lauda

Lauda não poderia ficar de fora. Muito menos, no topo. Afinal, ele tem uma história até certo ponto mitológica Fórmula 1.
O austríaco já era bicampeão mundial pela Ferrari quando se transferiu para a Brabham. Após dois anos difíceis, decidiu se aposentar ao final da temporada de 1979.
O período sabático durou três anos. Em 1982, assinou com a McLaren, em um dos salários mais lucrativos da época. Na equipe de Woking, Lauda conquistou seu terceiro campeonato. Ele se aposentou ao final da temporada de 1985.
Michael Schumacher

Deixar o primeiro heptacampeão da história da categoria seria, no mínimo, uma injustiça. Após 15 temporadas completas, Michael Schumacher anunciou sua aposentadoria no dia 10 de setembro de 2016.
O alemão havia conquistado o Grande Prêmio da Itália e achou de bom tom dizer não renovaria o contrato. Porém, retornou à categoria em 2010, aos 40 anos. Seu objetivo era ajudar no desenvolvimento da equipe da Mercedes, que comprara a Brawn GP em 2020.
A parceria durou três temporadas e Schumacher pendurou o capacete pela segunda vez. Apesar de uma passagem nem perto do seu auge na Ferrari, ele foi um dos responsáveis por ajudá-la no domínio da era híbrida.
Felipe Massa

O brasileiro teve um dos períodos sabáticos mais curtos na Fórmula 1. Havia se aposentado em 2016, após 14 temporadas. Ex-Sauber, Ferrari e Williams, viu que não conseguiria bons resultados com a equipe inglesa.
Afinal, a equipe de Grove estava em declínio desde 2013 e, cinco anos depois, perderia seu principal patrocinador.
Entretanto, tudo mudou ao final da que seria a última temporada de Massa. Isso porque, após conquistar o campeonato daquele ano, Nico Rosberg resolveu se aposentar.
A notícia caiu como uma bomba no circo e a Mercedes chamou Valtteri Bottas para o assento. Dessa forma, a Williams se viu obrigada a chamar o brasileiro – que já conhecia a equipe – para ser um “mentor” de Lance Stroll. O canadense havia sido anunciado em 2016.
O retorno durou apenas uma temporada.
Robert Kubica

Essa, digamos, é a “desaposentadoria” menos esperada pelos fãs da Fórmula 1. A Williams anunciou o retorno de Robert Kubica à categoria em 2019, após oito anos sem pilotar um monoposto da categoria.
Porém, ficava uma dúvida: valia o risco? Afinal, ele não havia deixado a Renault
Para a equipe, sim. E os motivos a gente entende. Em primeiro lugar, a Williams já estava sem um patrocinador principal. Como precisava de dinheiro, aceitou receber a grana da PKN Orlen em troca do assento para o polonês.
O segundo ponto era George Russell. Campeão da Fórmula 2 no ano anterior, o inglês faria sua estreia no mesmo ano que Kubica. Tal qual Massa, o polonês seria o “mentor” do inglês.
E, também como o brasileiro, Kubica ficou um ano na equipe. Deu lugar ao canadense Nicolas Latifi, que levou mais dinheiro, e se aposentou em definitivo como titular.
Hoje é piloto reserva da Alfa Romeo.
Kimi Räikkonen

O que o finlandês e Schumacher têm em comum? Ambos foram campeões pela Ferrari e eram titulares da esquadra italiana ao se aposentar. Kimi guardou o macacão nos fundos do armário ao final de 2009, dois anos após a conquista do mundial de pilotos.
Ao longo de dois anos, foi piloto de Rally e de Motocross, até retornar à Fórmula 1 em 2012, pela equipe Lotus.
Porém, engana-se que ele fez feio. Muito pelo contrário. O que vimos foi um piloto combativo, conquistando uma vitória épica com uma equipe pequena até então. Além, claro, da frase épica “Leave me alone! I know what I’m doing.”
Os resultados expressivos o levaram, de novo, à Ferrari, desta vez em 2013. Sua última equipe foi a Alfa Romeo, onde ficou até o fim de 2021.
O futuro só Vettel sabe
Tudo o que sabemos é que Vettel realmente está a fim de curtir a aposentadoria. Sua volta à categoria só ocorreria após uma hecatombe, mais ou menos como aconteceu com Felipe Massa na Williams. De outro modo, dificilmente o veremos novamente dentro de um Fórmula 1.
Porém, há outras formas de permanecer no circo. Massa, por exemplo, é embaixador da categoria. Jenson Button e David Coulthard volta e meia entrevistam os pilotos após as provas.
Sem contar que teremos a equipe Audi em 2026. Quem sabe não esteja aí uma possibilidade como dirigente?
Seja como for, devemos dar tempo ao tempo.